domingo, 22 de março de 2009

Resumo de uma passagem do livro "A Matemática das Coisas" de Nuno Crato

Hoje em dia podemos verificar que os resultados de testes à inteligência têm subido de ano para ano. Onde se nota mais este efeito é nos Testes de QI. Desta forma podemos especular se este facto é real ou se existem erros nos testes.

Howard Gardner introduziu um conceito relacionado com os testes conhecido por Inteligências Múltiplas. Este conceito veio mostrar que, por exemplo, alguém que tenha grandes capacidades para matemática e lógica, pode ter uma insuficiência mental na interpretação intuitiva.

Quando indivíduos fazem testes de épocas passadas, há uma clara subida nos resultados. Isto poderá dever-se ao facto de, por um lado, haver um aperfeiçoamento das estratégias de ataque aos testes, ou seja, os indivíduos estão muito mais familiarizados com os testes do que os indivíduos de uma época passada. Por outro lado tem havido uma melhoria nas condições de vida dos indivíduos, o que leva a um aumento da dimensão do cérebro e da capacidade intelectual. Todavia tanto um como outro argumento não parecem ser muito plausíveis.

Ulric Neisser, psicólogo e psicómetra, usou uma explicação bastante credível: os testes onde havia um maior aumento do resultado, era devido a resultados espectaculares nos testes de matrizes progressivas de Raven (medem a capacidade de raciocínio abstracto), o que se pode concluir que são devidos a uma grande influência de meios audiovisuais, o que melhora os resultados. Neisser afirma que “há diferentes formas de inteligência e que elas se desenvolvem com diferentes tipos de experiências”, podendo sermos “muitos mais espertos que os nossos avós no que respeita à análise visual, mas não no que respeita a outras formas de inteligência”.

quarta-feira, 11 de março de 2009

História dos Testes de QI

Os testes de QI como os conhecemos hoje resultam da evolução de quase um século de investigação. Em 1905, Binet e Simon conceberam o primeiro sistema para testar a inteligência. A pointuação era baseada em níveis mentais estandardizados para vários grupos de idades. Em 1916, Terman, da Universidade de Standford, expandiu a escala de inteligência Binet-Simon.
A ideia de um teste poderia ajudar a identificar crianças com problemas de desenvolvimento ou dificuldades de aprendizagem tornou-se extremamente popular e aparentemente muito útil.
Stern, um psicólogo alemão, pouco antes da primeira guerra mundial, sugeriu uma outra forma de avaliar a inteligência, onde os seus resultados eram determinados pela relação entre a idade cronológica e a sua idade mental, nascendo assim os Testes de QI.

Nessa altura, o quociente de inteligência era igual a cem vezes a Idade Mental dividida pela Idade Cronológica. Por exemplo, se uma determinada criança começasse a ler aos três anos (Idade Cronológica) e as crianças começassem, em média, a ler aos seis anos (Idade Mental), a criança teria um QI de 200 (esta pontuação é extremamente rara).
Contudo esta forma não se tornou muito útil para os adultos, ja que os resultados brutos começam a nivelar-se a partir dos dezasseis.

Hoje em dia, utilizam-se testes concebidos pelo Wechsler, WAIS-R e WAIC-R. Wechsler concebeu um sistema baseado não na idade mental irreal, mas no desvio percentual da norma. Considera-se um nível médio de QI de 100 e desvio-padrão de 15.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Bem Vindos!!!

Na actualidade é possível responder a inúmeras questões complexíssimas, no entanto o órgão que nos ajuda a encontrar essas respostas, o cérebro, tem ainda muito por desvendar.
A inteligência é outra das barreiras que está ainda por derrubar. Hoje em dia a avaliação psicológica tenta medir a inteligência, através dos Testes de Quociente de Inteligência (QI), que têm recebido uma atenção crescente por parte da sociedade em geral. Foi esta exagerada importância que nos levou a querer perceber como os testes funcionam e até questioná-los.
Decidimos ainda que iremos fazer alguns estudos estatísticos, nomeadamente sobre factores de influência como a infância e educação, na escolha profissional futura ou mesmo na área de maior desenvolvimento de cada indivíduo.
Para isso vamos precisar da tua ajuda! Ao longo do nosso trabalho iremos publicar artigos que se relacionam com a inteligência e ainda questionários e inquéritos que nos ajudarão a chegar a inteligentes conclusões sobre a própria inteligência.